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Citroën 2CV
A Citroën começou a trabalhar no projecto do 2CV (na altura apenas conhecido pelo nome de código de TPV - Toute Petite Voiture) em meados da década de 30 do século XX, depois de um estudo de mercado ter revelado que faltava à sua gama um modelo de acesso. Do caderno de encargos constava a lotação (4 passageiros), a capacidade de carga (50kg) e a velocidade máxima (50km/h). Outras exigências foram feitas por Pierre Joules Boulanger, o director da marca na altura e pai do 2CV: conforto de marcha imbatível e um consumo inferior a 3 litros por cada 100km percorridos. A aparência não era importante - não se cansava de afirmar Boulanger.
Surgiram inúmeros protótipos, várias soluções foram testadas e finalmente, em 1939 surge o modelo definitivo. Nas vésperas da sua apresentação no Salão do Automóvel de Paris, a França declara guerra à Alemanha Nazi e o Salão é cancelado, bem como a apresentação do modelo. Durante a ocupação alemã, a Citroën sob as ordens de Boulanger trabalha em segredo no aperfeiçoamento do 2CV.
No final da guerra, e tendo em conta os materiais disponíveis para a sua fabricação, procedem-se aos últimos ajustes e finalmente em Outubro de 1948 é apresentado com grande pompa em Paris. Movido por um bicilíndrico refrigerado a ar com 375cc e 9cv de potência real altamente evoluído na sua concepção, atingia 65 km/h. A suspensão independente às 4 rodas com interligação entre a dianteira e a traseira, era também uma maravilha tecnológica.
Foi recebido com enorme entusiasmo pela multidão que acorreu ao certame, com algum cepticismo por parte dos concessionários da marca, e gozado pela imprensa. As vendas começaram um ano mais tarde e o sucesso não se fez tardar.
Ano após ano, e sempre em colaboração com a clientela, a Citroën foi introduzindo melhorias em termos de conforto, como fechaduras, tampa metálica do porta bagagens (por oposição a uma cobertura em lona que equipou os modelos nos anos iniciais), indicadores de direcção, mas também alterações técnicas, nomeadamente ao nível da pontência do motor (que passou de 9, a 12, a 16, a 18, a 24 e por fim a 29cv) bem como da cilindrada que dos iniciais 375cc, chegou aos 602cc na sua forma final.
Inúmeras evoluções ao longo da sua carreira de 42 anos, mantiveram o 2CV sempre fiel à sua forma e tecnologia iniciais, bem como à sua filosofia: motorizar a sociedade de forma simples, básica, fiável mas excepcionalmente eficiente.
Quem já conduziu um, acredita que a Citroën concebeu o primeiro carro vivo. Ou se ama ou se odeia, mas odiá-lo é quase impossível. Reuniu um capital de simpatia tal, que é hoje um ícone francês no mundo e a maior referência da indústria automóvel francesa e internacional.
No dia 27 de Julho de 1990, pelas 4 da tarde em Mangualde, Portugal, após mais de cinco milhões e meio de unidades produzidas a linha de montagem do 2CV encerra.
É quase como que uma história de amor, daquelas que acaba bem, porque o 2CV vai viver para sempre.